quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sans Nom.

Eu andei três avenidas, parei na porta de um bar que não costumava entrar
Pedi a dose daquele velho Whisky, com inicial do seu nome,
Na verdade eu estava evitando escrever ou dizer sobre,
sobre o cotidiano viver e se relacionar, o enfrentamento de tudo e todos
Deixar sair as asas que foram costuradas,
Estava preguiçoso/cansado de ter que por em relação a existência dos outros
Sem vontade de compartilhar com os outros qualquer coisa, até mesmo ocupa/respiração

Acho que eu estou ficando velho e louco, já não ligo nem dou atenção pros que falam
Não escuto mais os velhos sábios ditados, ditos por todos e mesmo assim dizem ser sábios
então todos sábios somos?
Eu vou caminhando sentimentalmente sozinho tentando.
E dae chorava, e me tachavam e eu chorava, e me acolhiam e eu chorava
eu nunca fui de muito choro, sempre preferi o riso
Mas ae um dia o riso foi se deformando em minha face e água foi rolando
Confundia com suor no começo e depois descobri as lágrimas
Foi bonito até,

Depois eu fui entrando mais pro fundo do bar, dae eu fui parar em um quarto escuro, mas silencioso ,e o silêncio que antes sempre foi pra mim doença se transformou em cura, o silêncio era seu, porque
Eu não parava de me escutar, quer dizer acho que ainda não parei...


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